Rede de Oração

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A necessidade de oração

Através da história da igreja, os maiores reavivamentos têm acontecido após períodos de trevas espirituais. Durante esses períodos, pequenos grupos de pessoas desejavam desesperadamente um despertamento espiritual. A oração era vista como uma necessidade e não como uma opção.
Precisamos nos conscientizar da necessidade da oração. É preciso que haja uma entrega total de corações a Deus, antes que eles sejam cheios do Espírito Santo. E preciso que haja um reavivamento de oração, antes que possa haver a colheita no tempo da ceifa.

Dois princípios nos conduzem ao nosso primeiro passo em direção ao reavivamento. Primeiro, precisamos nos conscientizar do desespero da nossa situação. Grande parte da igreja hoje apostatou da fé. Nossa experiência cristã caiu abaixo do normal. Temos desenvolvido um cristianismo de conveniência e conforto, em vez de caráter e dedicação. Precisamos reconhecer nossa necessidade, se é que vai haver esperança para esta geração.
Em segundo lugar, precisamos entender que nossa única esperança está em Deus. Necessitamos estar sedentos da comunhão com Jesus - uma sede que nos leve à ação. Então, começaremos a obedecer a Deus, através da entrega de nossos corações a ele. Essas atitudes, expressas por meio da oração, liberarão o poder de Deus sobre nossas igrejas, nossas vidas e nossas comunidades.
Nós veremos o reavivamento nesta geração somente quando começarmos a orar.
A Romênia, que vem experimentando um grande reavivamento, demonstra este principio de maneira extraordinária. Essa experiência, entretanto, esta sendo vivida nas partes do norte e do oeste do pais. Muitas igrejas no sul e no leste ainda continuam pequenas e carentes.
Fui convidado para pregar numa cruzada evangelística na parte sudeste da Romênia. O povo estava desesperado. Eles estavam sendo grandemente perseguidos e eram poucos em número. Em meio ao desespero, aquele povo começou a se reunir para orar. Eles suplicavam ao Senhor por suas comunidades e seus amigos.
Cheguei naquela cidade numa noite de domingo de inverno. A igreja estava superlotada. O auditório estava cheio de pessoas não crentes. A galeria e as salas anexas estavam repletas de irmãos em Cristo. Pude, então, sentir a presença do Espírito Santo.
Uma senhora trouxe, como convidado para o culto, o supervisor geraI de uma fabrica. Naquela noite, ele se converteu a Cristo. Muitos outros entregaram suas vidas a Jesus. Na noite seguinte, a esposa desse supervisor também aceitou a Jesus. Na outra noite, o supervisor de uma outra fabrica veio à reunião. Ele não tomou qualquer decisão naquela noite, mas, no outro dia, ele disse aos operários da fabrica: ' 'Coisas maravilhosas estão acontecendo na igreja. Vocês todos precisam ir lá para ouvirem a mensagem!"

As pessoas ficaram de pé, do lado de fora, numa temperatura abaixo de zero, porque queriam ouvir a mensagem de Cristo. Muitas pessoas se converteram. A igreja já não podia conter mais as multidões. Aquele foi o maior encontro evangélico na história da cidade. O Espírito Santo se movia de maneira poderosa em resposta ao desesperado clamor do povo de Deus.
O Espírito espera o clamor do povo de Deus chegar ate ele. Ele conhece nossas circunstâncias. Ele almeja nos libertar. Quando Deus esteve com Moisés no deserto dos medianitas, ele disse: "(...) Com efeito tenho visto a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor (...) e desci para o livrar da mão dos egípcios (...)" (Ex 3:7-8).
Existe duas condições a serem cumpridas a fim de que Deus possa libertar o seu povo. Primeiro, precisamos esperar pelo seu tempo. Deus conhecia as circunstâncias do povo de Israel. Entretanto, ele prometeu a libertação após quatrocentos anos de escravidão (Gên. 15:13-14). Deus nunca tarda, nem opera cedo demais. Ele é sempre pontual. Ao final de quatrocentos anos, ele levantou um libertador para o seu povo.

Em segundo lugar, quando Deus acha que é hora de agir no meio do seu povo, ele conduz o povo a clamar a ele. Mesmo sendo Deus soberano, prefere incluir o homem no seu plano divino de ação. Portanto, Deus espera pelo nosso clamor. Ele até permite que as circunstâncias penetrem em nossas vidas, nos levando a orar e a buscá-lo com todo o nosso coração.

Pr.Ezequiel Fragoso